terça-feira, 6 de setembro de 2011

O RESULTADO DO EEG

Nosso neuro, Dr. Luis Fernando, acabou de me mandar um e-mail, dizendo como foi o exame.
Então, vamos às notícias:
"Durante o exame foram registradas 4 crises e além disso, a Maria Carolina apresenta um padrão de descargas contínuas ao EEG  - com padrão surto-supressão. É um padrão de hispssarritmia, que poderá evoluir para Lennox-Gastaut  sem tratamento."
Vamos iniciar com corticóide (prednisolona), que pode trazer algum benefício e redução das crises. Faremos o tratamento por 1 mês e depois outro EEG.
Por enquanto as crises da Maria Carolina se caracterizam como Síndrome de West mesmo. Mas secudária, devido à CDKL5. 


Diferença entre West e Lennox-Gastaut
* ESPASMOS INFANTIS (WEST)
Esta síndrome foi descrita pelo Dr. West na Inglaterra em 1841. Neste ano ele publicou um artigo na prestigiosa revista britânica Lancet, intitulado On a peculiar form of infantile convulsions. A inspiração provinha do seu próprio filho. É uma forma grave de epilepsia, podendo ser classificada como primária ou sintomática. Imensa maioria dos casos iniciarão seus sintomas em torno dos 6 meses. A típica síndrome de West caracteriza-se pela tríade: espasmos em flexão (ou extensão); retardo mental e hypsarrhythmia (um padrão eletroencefalográfico bizarro e sui generis ). Muitos destes pacientes evoluiram no futuro para a síndrome de Lennox-Gastaut.
* SÍNDROME DE LENNOX-GASTAUT
Início entre 1-8 anos e ataques de diferentes tipos. Os mais comuns são ausências atípicas, crises tônicas e atônicas. Além destes costumam exibir frequentemente: mioclonias, crises tônico-clônicas e ataques parciais. EEG costuma mostrar alterações sugestivas: ponta-onda lenta de menos que 3c/s, difusa; porém, com predomínio anterior e anormalidades multifocais. Além disso o ritmo de base é francamente irregular. A imensa maioria dos seus sofredores irá desenvolver déficits cognitivos e comportamentais em grau variado. Uma pobre resposta a terapia medicamentosa é a regra geral. Atenção: Lennox-Gastaut representa em nossa sociedade um imenso balaio onde geralmente são colocadas a maioria das epilepsias mioclônicas da infância. Como elas representam distintas entidades nosológicas, valeria a pena um esforço para caracterizá-las individualmente.
(http://www.neurologia.ufsc.br/index.php/artigos-cientificos/50-mioclonia-e-epilepsia) 

Fotinho (acho estranho escrever "fotinha"... Sorry!) pra ilustrar o post.


Minha beleza no solzinho de Capão!

2 comentários:

  1. Dedinhos cruzados pela Prednisolona!!!
    Xô crises!
    Tô aqui na torcida!
    Bjo grande pra vcs

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  2. Amiga, eu mega atrasada aqui né!!
    Como está nossa sereia??
    Já ta tendo algum resultado com a prednisolona??
    Bjs

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